Categoria: estilo de vida

05/06/2023 0

Parada LGBT+ anuncia foco em assistência social e show de Pabllo Vittar

Por admin

Marcada para o próximo domingo, 11, a 27ª Parada do Orgulho LGBT+ de São Paulo tem como foco deste ano promover a inclusão da comunidade no acesso às políticas públicas de assistência social. Em coletiva de imprensa nesta segunda-feira, 5, a organização do evento anunciou que espera um público de 4 milhões de pessoas e terá 19 trios elétricos com shows de artistas como Pabllo Vittar, Majur e Daniela Mercury para a edição deste ano.

“Eu mesma, que tenho 40 anos de militância, não conhecia o SUSA. Precisamos ter acesso a esses serviços, que esquecem a nossa comunidade”, explicou Claudia Garcia, presidente da Associação da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo (APOLGBT-SP), sobre o tema deste ano: “Políticas sociais para LGBT+: Queremos por inteiro, não pela metade”.

Claudia defende que o Sistema Único de Assistência Social (SUSA) deveria ter diretrizes mais específicas para garantir moradia, renda, segurança e outros direitos básicos à população LGBT+: “Para as outras pessoas que vivem na rua, existe piedade. Mas a travesti sequer é olhada, e isso é parte da nossa comunidade”.

O evento reuniu representantes dos poderes públicos municipal e estadual, além das marcas patrocinadoras, como L’Oréal, Smirnoff e Vivo. Nos últimos anos, o evento tem sido criticado por pessoas da própria comunidade LGBT+, que acusam a Parada paulista de ter se tornado uma vitrine para as empresas e esquecido o caráter de protesto que deu origem ao evento na Revolta de Stonewall.

“Quero perguntar aqui para as marcas se elas vão me dar emprego o ano todo ou só em junho? E as políticas públicas, são feitas só em junho também?”, disse Leonora Áquilla, coordenadora municipal de Diversidade, aos presentes.

O apoio da Prefeitura para o evento está estimado em R$ 2,5 milhões. A concentração para a Parada começa às 10h do domingo, em frente ao MASP, e os trios começam a andar a partir do meio dia.

29/05/2023 0

Coisas absurdas que só acontecem nos filmes de Hollywood!

Por admin

Os filmes são cheios de clichês e de cenas mentirosas. E parece que quanto maior for a produção – em termos de orçamento -, mais são as reviravoltas e sequências de ação incredíveis. Mas por quê continuamos assistindo essas histórias previsíveis que nunca aconteceriam na vida real?

Certamente, um toque de fantasia e adrenalina no nosso dia a dia – às vezes, zero emocionante – não faz mal a ninguém, né?

E que tal se divertir com uma lista das coisas mais absurdas que só acontecem nos filmes de Hollywood? Veja na galeria!

24/05/2023 0

Transmissão de shows nos cinemas vira moda; veja agenda de sessões em SP

Por admin

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Não é de hoje que os cinemas aproveitam o sucesso de cantores e bandas ao redor do mundo para garantir sessões com salas lotadas. Além dos filmes e documentários, os artistas também gravam apresentações completas que são exibidas nas telonas, como é o caso da turnê “Music of the Spheres”, do Coldplay, e do especial “Billie Eilish Live at the O2”.

Quem não pôde assistir aos eventos ao vivo tem a oportunidade de cantar as músicas dentro das salas de cinema, numa tendência cada vez maior de transmissão de shows nas telonas. Novas sessões musicais já estão programadas para as próximas semanas na capital paulista.

Nesta quinta-feira (25), às 20h45, o show que Roger Waters fará em Praga, na República Tcheca, será transmitido ao vivo em unidades das redes UCI, Cinépolis e Cinemark. A apresentação faz parte da turnê de despedida “This Is Not a Drill”, que passará por seis cidades brasileiras entre outubro e novembro deste ano.

Já a banda de k-pop Tomorrow x Together tem seu show exibido nos cinemas da rede Cinépolis e UCI no próximo domingo (28), às 15h. A apresentação, que acontece em Los Angeles, faz parte da “Act: Sweet Mirage”, a segunda turnê mundial do grupo sul-coreano.

Outro show ao vivo transmitido nos cinemas paulistanos é do Suga, integrante do BTS, que faz sua primeira turnê mundial solo desde que o grupo anunciou uma pausa em outubro do ano passado. A exibição de “Suga: Live in Tokyo” é no dia 3 de junho, às 14h, em redes como Cinemark, Cinépolis e UCI.

Suga e J-hope, outro integrante do BTS, também têm documentários exibidos nos cinemas da capital paulista. Os títulos ganham sessões nos dias 17 e 18 de junho, em horários variados. Os ingressos estão à venda nas redes Cine Araújo, Cinemark, Cinépolis, Cinesystem, Kinoplex e UCI.

20/05/2023 0

Kleber Mendonça Filho exibe história do Recife em Cannes com ‘Retratos Fantasmas’

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LEONARDO SANCHEZ
CANNES, FRANÇA (FOLHAPRESS) – Pode-se dizer que Kleber Mendonça Filho virou habitué do Festival de Cannes. Depois de exibir “Aquarius” na competição oficial em 2016, vencer o prêmio do júri por “Bacurau” em 2019 e integrar, ele próprio, o júri de 2021, o cineasta pernambucano retorna à Riviera Francesa com cacife para exibir seu novo projeto em sessão especial.

Foi numa sexta-feira chuvosa e tristonha que o festival deu vazão ao clima igualmente melancólico de “Retratos Fantasmas”, que além da première com a participação do diretor, que teve fila de ao menos 50 pessoas em busca de assentos de última hora, tem outras duas sessões programadas -uma para a imprensa e outra aberta ao público, já esgotada.

Um documentário, o longa combina com Cannes justamente por fazer uma ode ao cinema, juntando pedaços da história do Recife para falar das salas de rua que já foram tão abundantes na capital pernambucana e que hoje, como em qualquer grande cidade, ou definham, ou sumiram de vez.

A première foi apresentada por Thierry Frémaux, diretor do festival, e foi precedida por um breve discurso do cineasta, em que destacou a presença de Joelma Oliveira Gonzaga, secretário do audiovisual do Ministério da Cultura. “É normal ter uma pessoa do governo apoiando [o cinema] e nós não tivemos isso por sete anos”, disse em referência aos governos Temer e Bolsonaro.

“Retratos Fantasmas” nasceu ainda nos anos 1990, quando Mendonça Filho trabalhava em um par de curtas documentais para o projeto de conclusão de curso da faculdade de jornalismo. Na época, registrou os cinemas de grande porte do passado e, desde então, as fitas ficaram guardadas.

O tempo foi generoso com o material, disse ele a este jornal antes de embarcar para Cannes, mostrando a enorme estante recheada de caixas com as gravações. Como o trabalho nunca abandonou a mente do cineasta, foi fazendo anotações, sem um roteiro formal à mão, que ele decidiu criar o novo filme.
“É um filme sobre cidades. Eu gosto de observar o comportamento das cidades, porque elas refletem o comportamento da sociedade e da nossa cultura”, afirmou na ocasião, deixando claro que não é apenas de cinema que “Retratos Fantasmas” fala. “O filme é uma constatação de que o tempo traz muitas mudanças, e eu não olho para elas com julgamento.”

Isso se reflete no longa, fatiado em três partes. A primeira, mais pessoal, conta a história do apartamento comprado pela mãe no bairro de Setúbal, no Recife, e sobre a degradação urbanística que tomou conta de seu entorno. Explora, ainda, a filmografia de Mendonça Filho e desenterra as raízes de filmes como “O Som ao Redor”.

A segunda parte entra, então, na história dos cinemas de rua, que serve mais como ponte para que ele ateste a passagem do tempo em sua cidade natal. Por meio das marquises de um punhado de salas, vai criando uma narrativa compartilhada pelos conterrâneos. A terceira, por fim, mostra o amargo crepúsculo desses endereços.

Cerca de 11 horas de gravações foram transformadas na uma hora e meia de filme, que também usou materiais de arquivo e outros documentos a que Mendonça Filho teve acesso por meio de amigos, cinéfilos e cinematecas. O resultado, em Cannes, foi uma salva de palmas entusiasmada de uma plateia que ia muito além de brasileiros.

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19/05/2023 0

Mais um ‘Velozes’ para a conta: Produções que foram filmadas no Brasil!

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O Brasil é um país abençoado por tantas belezas naturais e arquitetônicas que muitas delas já foram cenários de produções de Hollywood. Além disso, o mercado brasileiro é um dos mais importantes do mundo e filmar histórias em nossa nação também é uma decisão estratégica, seja dos grandes estúdios para atrair volumosas bilheterias ou mesmo dos governos locais para divulgar nossos destinos.

Grande estreia dos cinemas, ‘Velozes & Furiosos 10’ (2023) voltou à Cidade Maravilhosa e a ideia do retorno da saga ao Brasil, de acordo com o diretor Louis Leterrier, foi mostrar uma nova perspectiva dos acontecimentos mais marcantes do quinto filme, lançado em 2011. ” ‘Velozes 5’ teve uma das minhas cenas favoritas de ação de todos os tempos, o roubo do cofre. Você verá uma interpretação interessante deste roubo”, adiantou o cineasta em entrevista ao Omelete.

“O Brasil é uma parte tão importante da série de ‘Velozes’, é integral para esta história. Para a história como um todo, mas para esta história principalmente, como você verá. Estamos muito, muito felizes de voltar ao Brasil e no Rio”, disse o cineasta.

Então, que tal relembrar outros grandes sucessos do cinema e da TV com locações em cidades brasileiras?

Na galeria, relembre filmes e séries que foram rodados no Brasil!

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17/05/2023 0

Filmes de sucesso que renderam séries; uma boa ideia ou forçação de barra

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Alguns clássicos do cinema são tão cultuados que tiveram suas histórias adaptadas para a TV. E a série sobre o universo de Harry Potter vai mesmo acontecer! O programa está sendo produzido para o novo serviço de streaming ‘Max’, que combina HBO Max e Discovery +, e será baseado em todos os sete livros da saga do icônico bruxinho, assim como os filmes.

O projeto contará com um elenco inteiramente novo para interpretar os amados personagens. A controversa autora dos livros, J. K. Rowling, será a produtora executiva, juntamente com Neil Blair e Ruth Kenley-Letts, que produziram todos os oito filmes. As opiniões da escritora sobre os direitos dos transgêneros fizeram com que muitos fãs se afastassem da amada franquia nos últimos anos.

Na galeria, veja os projetos que em breve serão lançados e mais séries inspiradas em grandes filmes!

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15/05/2023 0

O que esperar do Festival de Cannes, com polêmicas dos Depp e brasileiros premiados

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CANNES, FRANÇA (FOLHAPRESS) – Quando o tapete vermelho se estender pela Croisette, avenida que separa as praias azuladas das lojas de grife e hotéis de luxo na cidade de Cannes, a partir desta terça-feira (16), muitos brasileiros serão atravessados por um sentimento de déjà vu.

Este 76º Festival de Cannes, afinal, lembrará, e muito, a edição de 2019, quando o Brasil tomou a Riviera Francesa de assalto e saiu do evento com os prêmios do júri, para “Bacurau”, de Juliano Dornelles e Kleber Mendonça Filho, e da mostra Um Certo Olhar, para “A Vida Invisível”, de Karim Aïnouz.

Os dois últimos cineastas retornam agora ao festival e, por irônica coincidência, no mesmo ano em que Carol Duarte, estrela de “A Vida Invisível”, também desfilará novamente pela Croisette, ao lado do elenco de “La Chimera”, da italiana Alice Rohrwacher.

Mendonça Filho leva às sessões especiais o documentário “Retratos Fantasmas”, enquanto Aïnouz aparece na seleção oficial de longas, tentando vencer a Palma de Ouro com “Firebrand”, projeto britânico sobre a corte de Henrique 8º, distante de tudo o que o cearense dirigiu até aqui.

“Foi um festival tão bonito o de 2019”, diz Aïnouz. “Agora eu volto com um thriller, um gênero com o qual nunca trabalhei. Vai ser tudo muito diferente dessa vez, mas no fim o que está sempre em jogo é o cinema”, continua, exaltando ainda Carol Duarte, de quem espera estar próximo ao longo do evento.

No páreo com “Firebrand” estão outros 20 longas, com destaque para os novos trabalhos de Wes Anderson, “Asteroid City”; Jonathan Glazer, “The Zone of Interest”; Hirokazu Kore-eda, “Monster”; Nanni Moretti, “Il Sol Dell’Avvenire”; Marco Bellocchio, “Rapito”; Todd Haynes, “May December”; Ken Loach, “The Old Oak”; Wim Wenders, “Perfect Days”, e Catherine Corsini, “Le Retour”.

Depois da festa brasileira na edição de 2019, Cannes adentrou o gênero do horror quando a pandemia de Covid-19 cancelou não apenas uma de suas edições, como as de muitos outros festivais. Voltou em 2021 com restrições que impediram que muitos chegassem à Riviera e se entregou, enfim, ao clima glamoroso de outrora no ano passado.

Mas se em 2022 alguns ainda usavam máscaras, apertos de mão eram escassos e um temor da pecha de super-espalhador de Covid pairava sobre o evento, agora o clima é de total normalidade.

Algo que também muda radicalmente em relação ao ano passado é, justamente, a presença brasileira. Na última edição, o país teve espaço apenas para uma sessão remasterizada de “Deus e o Diabo na Terra do Sol”.

Agora, é com uma comitiva de peso que o Brasil aparece em todos os cantos da programação. Além dos já citados “La Chimera” e “Firebrand”, na mostra principal, há ainda outro projeto estrangeiro com um brasileiro entre seus rostos principais -“Hypnotic”, em que Alice Braga contracena com Ben Affleck.

“Retratos Fantasmas”, de Mendonça Filho, ficou entre as sessões especiais, que não competem, e atestou o prestígio do pernambucano entre os círculos exclusivíssimos de Cannes. Em 2021, ele integrou ainda o júri que deu a Palma de Ouro a “Titane”.

Aïnouz faz coro à comemoração. “É incrível essa volta do Brasil, um país que estava na UTI por quatro anos com um monstro como presidente. Fico feliz de ver dias ensolarados de novo, e Cannes é um festival ensolarado”, afirma, apesar das nuvens que têm coberto a Riviera nos dias que antecedem o evento.

Além deles, “A Flor do Buriti”, de João Salaviza e Renée Nader Messora, português e brasileira também já premiados em Cannes, com o troféu do júri da Um Certo Olhar de 2018, por “Chuva É Cantoria na Aldeia dos Mortos”, aparece na mesma seção, dedica a cineastas que ainda têm poucos títulos no currículo.

Casada, a dupla promete levar à França uma comitiva de indígenas, exaltando o trabalho que realizam com os krahô do Tocantins.

“A gente não tinha grandes expectativas, porque pensamos que havia passado essa aura de novidade que o ‘Chuva’ trouxe, por ser falado em língua indígena e ser sobre um Brasil então desconhecido pelo olhar estrangeiro. E aí recebemos essa notícia com muita alegria, porque é um momento propício, com os olhos do mundo voltados para os povos indígenas brasileiros”, diz Messora.

Outros longas nacionais são “Levante”, de Lillah Halla, que integra a Semana da Crítica, e “Nelson Pereira dos Santos – Vida de Cinema”, de Aida Marques e Ivelise Ferreira, exibido na mostra não competitiva Cannes Classics, que reverencia o passado do cinema. Fechando o time brasileiro estão os curtas “Solos”, de Pedro Vargas, e “Camaleoa”, de Eduardo Tosta.

Isso não quer dizer que a seleção deste ano, ao menos a principal, tenha sido menos eurocêntrica que o de costume. Todos os competidores são do velho continente ou dos Estados Unidos, com exceção do japonês “Monster”. Há outros exemplares de alma estrangeira, mas com financiamento francês.

É, no entanto, a edição recordista em termos de diretoras mulheres nos longas da competição, com sete. Além de Rohrwacher e Corsini, há ainda Jessica Hausner, Kaouther Ben Hania, Justine Triet, Catherine Breillat e Ramata-Toulaye Sy.

Entre os chamarizes que vão tentar competir com a atenção destinada a “Top Gun: Maverick” e seus caças que pintaram o céu de vermelho, branco e azul no ano passado estão “Indiana Jones e a Relíquia do Destino”, quinto filme da franquia, “Killers of the Flower Moon”, nova parceria de Scorsese com De Niro e DiCaprio, “Elementos”, da Pixar, e “Strange Way of Life”, faroeste gay de Almodóvar.

E se os holofotes forem atraídos por polêmica, então a família Depp não terá dificuldade de se destacar. Johnny Depp, após seu longo e exaustivo processo judicial contra a ex-mulher Amber Heard, estrela o filme de abertura “Jeanne Du Barry”. Já sua filha, Lily-Rose Depp, está na série “The Idol”, que colecionou fofocas com sua trama que disseca a “décadence avec élégance” do show business da qual o Festival de Cannes, claro, não escapa.

“Nossa presença é um sinal de que o Brasil está voltando com tudo em muitas frentes, em especial na cultura. Mas é o normal. Anormal é quando não somos representados. Nós fazemos parte do mundo, então espero que essa representação brasileira seja cada vez mais natural, não algo a chamar a atenção.”

15/05/2023 0

As fotos mais memoráveis dos bastidores do cinema

Por admin

Estamos acostumados a ver atores famosos e diretores de cinema na telona ou no tapete vermelho, mas não é todo dia que temos a chance de vê-los trabalhando, durante seus intervalos e nos bastidores. Felizmente, muitas fotos são tiradas em sets de filmagem e nos permitem ter um vislumbre de como é um dia normal de trabalho para os astros, estrelas e outros profissionais do cinema.

Navegue pela galeria a seguir e veja algumas fotos pouco divulgadas de momentos memoráveis dos bastidores de filmes.

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11/05/2023 0

Entenda crise do streaming, que tenta segurar assinantes com onda de remakes

Por admin

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Remakes, mudanças de nome, novos preços, cancelamento de projetos, fim das senhas compartilhadas, assinaturas com comerciais, retirada de conteúdos.

Todas essas armas estão no arsenal recente dos estúdios hollywoodianos que comandam alguma plataforma de streaming. Mas, em meio à chuva de balas, a munição parece estar se esgotando.

O mercado de conteúdo sob demanda dá sinais de se aproximar de seu pico, depois de crescer sem parar por pouco mais de uma década. Em abril de 2022, a Netflix perdeu assinantes pela primeira vez em dez anos. A queda se manteve nos meses seguintes e só foi revertida no fim do ano, quando o serviço começou a oferecer uma modalidade mais barata, com publicidade, em alguns países.

Mas não é possível dizer que estancou-se a sangria. Os números permanecem instáveis em vários mercados importantes, como o britânico.

Por lá, analistas projetam que a empresa deve perder 700 mil assinantes em dois anos. Na Espanha, um milhão de pessoas abandonaram a plataforma depois que a Netflix estabeleceu regras mais rígidas sobre o uso de uma mesma conta em lares diferentes.

Por outro lado, o primeiro quadrimestre de 2023 viu um aumento de assinaturas. É uma boa notícia, mas eclipsada pelo comparativo do crescimento que ocorria no mesmo período em anos anteriores.

Na concorrência, o Disney+ divulgou no começo do ano sua primeira perda de inscritos, de 2,4 milhões. No mesmo período, os lucros da empresa subiram, impulsionados não por entretenimento, mas pela divisão de parques temáticos.

Outras plataformas crescem num ritmo lento demais, como é o caso do Peacock, da Universal, que não tem planos de desembarcar no Brasil. Por isso, o streaming trouxe uma perda de US$ 704 milhões aos cofres do estúdio neste primeiro quadrimestre. Já o Paramount+ ficou US$ 511 milhões mais pobre no período.

Os dados ajudam a explicar a onda de demissões que atinge esse mercado, em que entretenimento e tecnologia, outro setor em crise, se embaralham. Netflix e Warner Bros. Discovery picotaram seu plano de dispensas ao longo do ano passado, e incluíram nele altos executivos.

Na Disney, 7.000 vagas estão sendo cortadas. Na Amazon, uma centena de trabalhadores que atendiam o Prime Video foram mandados embora, somando-se às quase 30 mil demissões anunciadas em outras áreas da empresa.

Assim, analistas de Hollywood batizaram o momento de “a grande correção da Netflix”, marcada por cintos apertados e austeridade. Acionistas mudaram de ideia sobre a filosofia do crescer a qualquer custo e, agora, querem ver produtos que gerem lucros de forma mais imediata.

Além da oferta de um novo plano de assinatura custeado, em parte, por publicidade, várias outras medidas estão sendo estudadas por Netflix e companhia. Qualidade em vez de quantidade, já disse seu CEO, é o novo foco da empresa, que se notabilizou por produzir em larga escala.

A HBO Max, no próximo dia 23, vai ser relançada nos Estados Unidos com o nome Max, depois de um longo imbróglio nos bastidores da fusão entre a WarnerMedia e a Discovery, Inc. O Starzplay, também, já passou por um banho de loja, que o renomeou Lionsgate+ e deixou clara sua intenção de ter um catálogo mais adulto, com mais curadoria.

Seguindo a máxima do menos é mais, a antiga HBO ainda anunciou que vai interromper a produção de filmes e séries na Dinamarca, Suécia, Noruega, Finlândia, Holanda e Turquia -países com bom histórico de produção, mas com séries e filmes que sofrem para viajar longas distâncias.

“Esses últimos anos foram um sonho de uma noite de pandemia. Houve certa euforia, uma correria que causou um aprendizado acelerado. Agora todo mundo está se reorganizando, voltando ao que deveria ter sido uma curva natural dessa adaptação do mercado ao streaming”, diz Fabio Lima, fundador da Sofa Digital, agregadora de conteúdo para o sob demanda.

Para ele, ainda há espaço para que as plataformas cresçam, mas é preciso, antes, desinchar, cortar excessos e políticas que faziam sentido para um mundo pandêmico de gente trancada em casa e menor concorrência.

O grande desafio que se impõe é a retenção. Se na era da televisão a cabo os consumidores assinavam um pacote que incluía tanto canais que lhe interessavam, quanto outros dos quais não era possível se desvencilhar, agora as pessoas podem migrar de plataforma em plataforma com facilidade e rapidez.

Por isso, boa parte das apostas está em conteúdo original. Ou não tão original assim. Apesar de séries e filmes novos, exclusivos, serem anunciados com frequência, uma parcela significativa deles tem um pé no passado, reciclando personagens e universos já testados e aprovados.

Não é de hoje que Hollywood aposta em remakes, mas a onda de agora está mais para tsunami. O anúncio que melhor ilustra isso é o de uma nova versão para os livros de “Harry Potter”, dessa vez em formato de série, para o Max. Vale lembrar que o último filme do bruxinho, extremamente popular, lucrativo e bem avaliado, tem só 12 anos.

Tempo, no entanto, não parece ser um problema para os altos executivos de Hollywood. “Crepúsculo”, com seus 11 anos de idade, também foi mandado para a linha de produção em forma de série. “Moana”, animação da Disney lançada em 2016, vai ganhar uma versão em live-action tão precoce que Dwayne Johnson vai conseguir reprisar o papel do deus Maui.

Eles quase seguem os passos de “O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder”, que ao menos criou uma nova saga ambientada no mundo fantasioso de J.R.R. Tolkien em vez de contar a mesma história, no Amazon Prime Video.

“Gremlins”, “Scooby-Doo”, “Meninas Malvadas”, “Peter Pan”, “Pinóquio”, “Lilo & Stitch”, “Percy Jackson” e “Grease” são outros filmes e séries amados que já viraram ou devem virar, muito em breve, novos conteúdos no streaming.

“É muito difícil pôr uma nova marca no mercado. É um princípio do marketing. Todo mundo quer muita variedade, mas quando se tem muita oferta, é difícil escolher. Então quando as pessoas se deparam com isso, elas tendem a abandonar a plataforma ou procurar o que é familiar. É um comportamento inconsciente”, diz Lima.

Enquanto isso, a indústria redescobriu o cinema e tem reservado a ele lançamentos mais premium, digamos, com maior valor de produção, efeitos especiais de ponta e grandes astros. O Apple TV+, que demorou para entrar no ramo de longas-metragens, agora tem um Scorsese para ser lançado e já fechou parcerias milionárias de distribuição com Paramount e Sony.

As bilheterias americanas ainda estão cerca de 23% atrás do que eram em 2019, mas analistas já dizem que a arrecadação durante a temporada de verão, que começa no meio do ano, pode rivalizar com os níveis pré-pandemia, impulsionadas por filmes como “Guardiões da Galáxia Vol. 3” e “Super Mario Bros.”, com resultados acima do esperado.

No Brasil, 2022 viu o público de cinema crescer 82% em comparação com o ano anterior, de acordo com dados da Ancine. Os números ainda estão 46% menores que os de 2019, mas são suficientes para causar otimismo e decretar que há uma recuperação acontecendo. Lenta, é verdade, em especial para produções nacionais, mas em curso. O número de salas em atividade, também, está próximo dos níveis pré-Covid, 3.401 contra 3.507.

Nessa reconfiguração do mercado, estúdios e exibidores parecem ter feito as pazes. Se durante a pandemia estavam em pé de guerra, agora a CinemaCon, maior convenção do setor nos Estados Unidos, deu um clima de lua de mel para o relacionamento, com barulho e discursos bonitos sobre a tela grande.

Em parte, claro, porque os estúdios conseguiram o que queriam, diminuir o tempo que um filme exibido no cinema fica de molho até poder ser licenciado para o streaming, a TV e outras plataformas. Já aos exibidores, ainda em recuperação pós-quarentena, restou aceitar a nova realidade.

Entre as obras recentemente licenciadas para outras janelas está “Avatar: O Caminho da Água”, que fez quase US$ 2,4 bilhões de bilheteria e, ao contrário do que vinha acontecendo com os lançamentos da Disney, foi disponibilizado para aluguel e compra digital antes de chegar ao Disney+ para os assinantes.

“É caro produzir e lançar no cinema, mas ele muda o status do produto, dá um selo de qualidade. Com o encurtamento do intervalo entre a estreia e a disponibilização em outras plataformas, faz ainda mais sentido investir nele, porque não há mais um buraco grande o suficiente para que o público perca o interesse num filme”, diz Lima, atestando que a simbiose nessa indústria é mais fundamental do que nunca.

10/05/2023 0

Filmes que arruinaram casamentos da vida real!

Por admin

Muitos casais de celebridades se reuniram no set, mas para alguns o preço a pagar foi o fim de seus casamentos anteriores. Hollywood é cheia de histórias de amor, mas a verdade é que algumas delas são muito mais confusas do que imaginamos.

Nunca é divertido quando famílias são destruídas em nome do amor, mas às vezes não há outra maneira. Felizmente, muitas dessas histórias também têm um final feliz, onde o casal que deveria estar junto realmente se casa e vive feliz para sempre! Bem, às vezes.

Clique e descubra os filmes que arruinaram casamentos da vida real. Traição sempre traz drama!

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