Categoria: Mundo

06/06/2023 0

Papa Francisco vai a hospital para exames médicos dois meses após ser internado

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Dois meses após ser internado com quadro de bronquite, o papa Francisco, 86, foi levado a um hospital nesta terça-feira (6) em Roma, na Itália, para ser submetido a exames. O pontífice já voltou ao Vaticano.

O papa esteve em um departamento especializado no tratamento de pacientes idosos, segundo as agências de notícias italianas ANSA e AGI. Ele chegou ao hospital às 10h40 no horário local (5h40 em Brasília) e permaneceu por cerca de 40 minutos. O Vaticano não divulgou detalhes dos exames.

Francisco, que celebrou dez anos de seu pontificado em março, tem sofrido com uma série de doenças nos últimos anos e costuma usar uma cadeira de rodas ou uma bengala em suas aparições públicas por causa de dores persistentes no joelho.

No mês passado, o papa precisou cancelar audiências após apresentar febre. Antes, em março, ele recebeu diagnóstico de bronquite e ficou cinco dias internado -o argentino está no geral mais exposto a doenças respiratórias por ter retirado parte de um dos pulmões quando tinha 20 e poucos anos.

Em entrevista à rede Telemundo, exibida há duas semanas, o líder disse que a doença respiratória foi “tratada a tempo”. “Se tivéssemos esperado mais algumas horas, teria sido mais grave”, afirmou.

Ao falar sobre as dores no joelho, Francisco disse estava “muito melhor”. “Já consigo caminhar, o joelho está melhorando. Alguns dias são mais dolorosos, mas isso faz parte do desenvolvimento”, acrescentou.

A hospitalização em março ressuscitou especulações sobre uma possível renúncia do argentino por razões de saúde após o precedente histórico estabelecido por seu antecessor, Bento 16 -papa emérito por quase uma década e morto no final do ano passado aos 95 anos.

Em dezembro, Francisco revelou à imprensa que assinou ainda no início de seu papado uma carta de renúncia na eventualidade de que seus problemas de saúde o impedissem de desempenhar suas funções. Ele reiterou em várias ocasiões que não descarta deixar o cargo caso seus problemas nesse âmbito se agravem -embora tenha declarado em viagem à República Democrática do Congo que renúncias do tipo não deveriam “virar moda”.

O papa ainda sofre de diverticulite, uma doença que pode infectar ou inflamar o cólon, de dor ciática crônica, e há dois anos foi operado para remover parte do intestino. Meses atrás, o pontífice disse que a condição havia retornado e estava gerando ganho de peso, mas que isso não era fonte de preocupação.

Apesar dos problemas de saúde, Francisco mantém uma agenda cheia. O Vaticano anunciou no sábado (3) planos para que ele visite a Mongólia de 31 de agosto a 4 de setembro. Antes disso, ele deve visitar Portugal de 2 a 6 de agosto para participar da Jornada Mundial da Juventude, em Lisboa, e visitar o Santuário de Fátima.

06/06/2023 0

Irã apresenta seu primeiro míssil balístico hipersônico

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TEERÃ, IRÃ (FOLHAPRESS) – O Irã apresentou nesta terça-feira (6) seu primeiro míssil balístico hipersônico de fabricação nacional. O anúncio deve aumentar as preocupações ocidentais com a capacidade bélica de Teerã.

A agência estatal de notícias IRNA publicou fotos do míssil chamado Fattah em uma cerimônia que contou com o presidente Ebrahim Raisi e comandantes do Guarda Revolucionária do Irã, unidade militar de elite que, além de liderar a segurança nacional, exerce grande influência política no regime.

“O míssil hipersônico Fattah guiado com precisão tem um alcance de 1.400 km e é capaz de penetrar todos os escudos de defesa”, disse Amirali Hajizadeh, chefe da força aeroespacial da Guarda. “É um grande salto geracional.”

Mísseis hipersônicos podem voar pelo menos cinco vezes mais rápido que a velocidade do som e em uma trajetória complexa, o que dificulta sua interceptação por sistemas de defesa antiaérea. Segundo a mídia estatal, o Fattah atingiu velocidade máxima de 15.000 km/h.

“Ele pode contornar os sistemas antimísseis mais avançados dos Estados Unidos e do regime sionista, incluindo o Domo de Ferro”, disse a TV estatal iraniana, em referência ao célebre modelo israelense que, segundo Tel Aviv, é capaz de interceptar 90% dos mísseis disparados contra seu território.

Em novembro, o Irã havia anunciado a fabricação do armamento, levantando preocupações na Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) em relação ao programa nuclear iraniano.

Segundo o diretor da AIEA, Rafael Grossi, o anúncio não deve influenciar as negociações sobre o programa nuclear. As tratativas entre Teerã e o governo americano estão paralisadas desde setembro passado.

Grandes mísseis balísticos, do tipo que levam armas nucleares das grandes potências, chegam a velocidades altíssimas perto da hora de atingir o alvo, mas seguem uma trajetória considerada previsível -e, portanto, mais fácil de interceptar. A vantagem dos novos hipersônicos é poder manobrar.

Esses modelos, em estudo desde a Guerra Fria, ganharam destaque mundial quando integraram o pacote de “armas invencíveis” anunciado pelo presidente russo, Vladimir Putin, em 2018. Rússia, Coreia do Norte e Estados Unidos anunciaram que já testaram esse tipo de armamento.

Após anos de um desenvolvimento problemático e dúvidas, Washington testou pela primeira vez de forma completa um míssil hipersônico em dezembro do ano passado. Em março, no entanto, a Força Aérea americana cancelou seu principal programa, O motivo foi um novo fracasso em teste do AGM-183A ARRW (sigla em inglês para Arma de Reação Rápida Lançada do Ar, mas que soa como “flecha”).

Um modelo russo já em operação é o planador hipersônico Avangard. A diferença é que esse modelo, que pode levar uma ogiva nuclear, é lançado do solo por um míssil intercontinental até atingir a altitude de ação.

Outro modelo hipersônico russo é o Tsirkon, míssil de cruzeiro que voa a altitudes menores e foi desenhado para ser uma arma lançada por navios contra alvos marítimos. E há também o Kinjal, mais básico, na forma de um míssil balístico lançado por aviões, que já foi empregado na Guerra da Ucrânia.

A China correu atrás e, no ano passado, surpreendeu analistas ocidentais com o que pareceu ser o teste sofisticado de um planador hipersônico. Além disso, tem em operação outro modelo do gênero, o DF-17. Neste ano, anunciou míssil desenhado para ataque a porta-aviões, diferencial ofensivo dos rivais nos EUA.

06/06/2023 0

Corpos de dois irmãos encontrados em caixa de madeira numa fábrica

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Os corpos de dois irmãos, de sete e oito anos, foram encontrados dentro de uma caixa de madeira numa fábrica de Jamia Nagar, em Deli, Índia, na terça-feira (6).

De acordo com a polícia indiana, citada pelo Hindustan Times, as crianças, que viviam com os pais, tinham desaparecido na segunda-feira.

“Foi recebida uma chamada na delegacia de Jamia Nagar sobre a descoberta dos cadáveres de duas crianças. Foram encontrados numa velha caixa de madeira”, informou.

Acrescentou que um inquérito inicial revelou que as crianças, um rapaz e uma garota, tinham almoçado às 15 horas com os pais e tinham desaparecido por volta das 15h30.

O pai, Balbir, trabalha como segurança na mesma fábrica onde os corpos foram encontrados, acrescentou o polícia.

A equipe de investigação criminal confirmou que os corpos não apresentavam qualquer ferimento e que se tratava de um caso de asfixia acidental.

06/06/2023 0

Mulher deixa filhos em carro para praticar furtos e veículo pega fogo nos EUA

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SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Uma moradora da Flórida (EUA) está enfrentando duas acusações criminais após deixar seus dois filhos, de 2 e 4 anos, em um carro que pegou fogo enquanto ela furtava uma loja.

Alicia Moore, 24, foi presa sob acusações de negligência infantil e incêndio criminoso depois que as chamas consumiram seu carro, com os filhos dentro, enquanto ela supostamente furtava uma loja de departamentos de um shopping em 26 de maio, conforme apurou a NBC News.

Alicia deixou os filhos dentro do veículo enquanto ela e um “homem desconhecido” entraram na loja de departamentos e passaram cerca de uma hora furtando produtos.

Quando ela estava saindo da loja, viu seu carro “envolto em chamas” e “largou as mercadorias furtadas” e supostamente fugiu, afirma o relatório da ocorrência.

O carro foi “completamente destruído” pelo incêndio, segundo relatos. Populares ajudaram a resgatar os filhos da mulher, que foram levados para um hospital infantil.

Uma das crianças sofreu várias queimaduras de primeiro grau, no rosto e nas orelhas. Há indícios de que o incêndio tenha sido provocado pelas crianças, que brincavam com uma caixa de fósforos dentro do veículo.

Na primeira audiência, no Tribunal, ela se declarou inocente, porém Alicia enfrenta acusações anteriores, de furto e agressão, segundo apurou a revista People. A segunda audiência está marcada para o dia 26.

Leia Também: Destruição de represa gera caos e ameaça usina nuclear na Ucrânia

06/06/2023 0

Destruição de represa gera caos e ameaça usina nuclear na Ucrânia

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IGOR GIELOW(FOLHAPRESS) – Em um dos mais dramáticos incidentes da Guerra da Ucrânia em seus 15 meses, uma represa vital no sul do país invadido pelos russos foi destruída na madrugada desta terça (6). Milhares de pessoas começaram a ser evacuadas devido à inundação, e a ação ameaça afetar a maior usina nuclear da Europa.

Russos e ucranianos se acusam mutuamente pelo incidente na represa de Nova Kakhovka, que fica na porção ocupada por Moscou em Kherson, no sul da Ucrânia.

Não está claro o que aconteceu, se uma explosão planejada como Kiev acusava os invasores de planejar havia meses ou, como dizem os invasores, um ataque com artilharia durante a contraofensiva iniciada pelo governo de Volodimir Zelenski no domingo (4).

Do ponto de vista tático, a destruição favorece os russos, pois inunda toda a área de Nova Kakhovka (ou Novaia Kakhovka, na grafia russa) até a foz do rio Dnieper, que era represado desde 1956 para a geração de energia e o fornecimento de água para a Crimeia por meio de um canal. A usina no local foi totalmente inundada, segundo imagens em redes sociais.

Com isso, se os ucranianos planejavam ações ofensivas cruzando o rio, algo que analistas militares duvidavam, não poderão fazê-lo agora. Já o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, disse que o ataque ameaça cortar o suprimento de água da Crimeia, península anexada por Vladimir Putin como reação à derrubada de um governo simpático ao Kremlin em Kiev.

Para ele, essa foi a motivação do que chamou de “sabotagem da Ucrânia”. Ao menos 16 mil pessoas moram nas margens orientais do Dnieper, o lado que foi retomado por Kiev no fim do ano. A capital homônima de Kherson, 30 km a oeste, está sob evacuação preventiva também, e o governo local acusa a Rússia de bombardear a cidade durante o processo.

Zelenski reuniu-se emergencialmente com seu conselho de segurança e acusou os russos. “Nesta noite, às 2h50 (20h50 de segunda em Brasília), terroristas russos provocaram uma explosão interna nas estruturas da Usina Hidrelétrica de Kakhovka. Cerca de 80 localidades estão na zona de inundação”, afirmou.

O escritório da ONU na Ucrânia condenou a ação, sem apontar culpados. “Infraestrutura civil não é alvo”, disse, em postagem no Twitter. A Otan (aliança militar ocidental) e a União Europeia, claro, condenaram a Rússia pelo que chamaram de “ato bárbaro”.

Segundo o governo de ocupação de Kherson, o nível do rio subiu até 10 metros, e Nova Kakhova está sob as águas. O governador Vladimir Saldo diz que a destruição ele disse que o volume de água ao longo da área afetada não será tão grande. “Não é necessária uma evacuação de grande escala. Isso não vai impedir as forças russas de protegeram a margem esquerda [ocidental]”, afirmou.

Também sob risco está a usina nuclear de Zaporíjia, também ocupada pelos russos, que fica 120 km rio acima. A água do reservatório de Kakhovka garantia o resfriamento de seus seis reatores, cinco dos quais estão desligados desde o ano passado.

Segundo os administradores, não há perigo agora, mas se houver necessidade de resfriamento do reator remanescente, pode haver problemas caso o nível da água baixe consideravelmente -e ele já caiu 2,5 metros. “Falta de água para resfriamento por um longo período causaria derretimento de combustível. Mas nossa avaliação atual é de que não há risco imediato”, disse o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica, Rafael Grossi.

Isso tudo é insondável agora, mas levou a acusações de terrorismo nuclear por parte de Kiev nesta manhã. Zaporíjia tem sido um ponto de tensões, com acusações mútuas de bombardeios e ataques na região, e o argentino Grossi já esteve lá para avaliar os riscos.

A destruição da represa e da usina vinha sendo especulada desde que os russos deixaram a margem oriental do Dnieper para tomar posições defensivas do outro lado do rio, em novembro. De lá para cá, moradores da margem ocidental vinham sendo realocados para áreas mais distantes da margem, que foram fortificadas.

Mas há, além da acusação de catástrofe humanitária e do risco nuclear, um problema de fato para a Rússia. O reservatório Kakhovka, com capacidade máxima de 18 km cúbicos [Itaipu, no Brasil, tem 29 km cúbicos] alimenta o Canal do Norte da Crimeia, uma estrutura completada em 1976 pelos soviéticos para irrigar a península abaixo.

Em 2014, após a anexação, Kiev represou o canal, dificultando a vida dos moradores da região. Assim que tomaram Kherson, no começo da guerra em 2022, os russos destruíram a obstrução e o canal voltou a fluir água. Agora, a situação é incerta, embora o Kremlin tenha dito nesta manhã que “medidas foram tomadas” para garantir o funcionamento do ramal.

Seja como for, a ação atinge eventuais planos de Zelenski de operar na região. Ao longo da noite, os russos promoveram diversos ataques com mísseis lançados por bombardeiros Tu-95 contra alvos em Kiev, Kharkiv, Dnipropetrovsk e outras cidades ucranianas.

Não houve ainda relatos de combates nesta madrugada ou manhã, após dois dias em que Moscou diz ter repelido ataques probatórios em sua linha de frente, matando 1.500 ucranianos -números negados pelo governo Zelenski.

Leia Também: Rússia aposenta de vez o maior submarino já construído

06/06/2023 0

Mulher tenta raptar bebê em igreja. "Essa menina é minha"

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Uma mulher foi presa ao tentar sequestrar um bebê de cinco meses em uma igreja no centro de Vercelli, na Itália, relatou o Corriere della Sera nesta terça-feira.

Segundo o jornal italiano, o incidente ocorreu na tarde da última quarta-feira, dia 31 de maio.

A suspeita, de 40 anos, teria se aproximado da menina, que estava em um carrinho com a mãe, e tentado pegá-la enquanto gritava: “Essa menina é minha, você precisa me entregá-la”.

Assustada, a mãe do bebê fugiu da igreja e chamou as autoridades, enquanto a mulher continuava gritando.

A suspeita só se acalmou e tentou fugir quando viu as autoridades chegando, mas acabou sendo interceptada e detida.

Leia Também: Homem é preso após gravar e postar nas redes vídeo roubando carro em SP

06/06/2023 0

Macron envenena debate público ao apontar ‘descivilização’ na França, diz cientista político

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(FOLHAPRESS) – A França está num “processo de descivilização” segundo seu próprio presidente, Emmanuel Macron.

O termo, que sugere a degradação das relações sociais e entre o Estado e os cidadãos, foi usado pelo líder francês numa reunião ministerial no último dia 24 após uma semana marcada por episódios de violência.
“Temos que ser intransigentes”, disse ele. “Nenhuma violência é legítima, seja verbal ou contra pessoas. Precisamos trabalhar em profundidade para combater esse processo de descivilização.”

A avaliação do chefe de Estado da França, país considerado berço da civilização moderna Ocidental, onde foi produzida a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, em 1789, dividiu a classe política e intelectual francesa às vésperas de uma nova mobilização popular contra a reforma da Previdência.

Greve e protestos contra o texto rejeitado pelos franceses, mas aprovado pelo governo Macron mesmo sem o aval da Câmara dos Deputados, foram marcados para esta terça-feira (6), renovando as tensões em torno de um tema que deflagrou uma crise política e uma convulsão social no país.

O movimento chegou a reunir mais de 1,1 milhão de pessoas, de acordo com o Ministério do Interior -ou 3,5 milhões, segundo os organizadores-, e foi fortemente reprimido por forças de segurança após casos de depredação e incêndio. Agora, retoma as ruas dias depois de a cineasta francesa Justine Triet defender o movimento e criticar Macron na tribuna da cerimônia de premiação do Festival de Cannes.

“Essa contestação [da reforma da Previdência] foi reprimida de maneira chocante, e este padrão de poder dominador, cada vez mais desinibido, está irrompendo em vários domínios”, denunciou Triet, vencedora da Palma de Ouro deste ano. O mal-estar causado pelo discurso fez o presidente romper o protocolo ao não felicitar publicamente aquela que rendeu à França sua décima Palma de Ouro em 76 anos de festival.

E é justamente a desinibição que marca o início do processo de descivilização, afirma à Folha o historiador Hamit Bozarslan, autor do livro “Crise, Violência e Descivilização” (CNRS, 2019).

“A civilização não significa liberdade, muito pelo contrário, ela é um jeito de conviver socialmente que requer a aceitação de restrições e a interiorização dessas inibições”, diz ele, citando o sociólogo alemão Norbert Elias, autor de “O Processo Civilizatório” (Companhia das Letras), escrito em 1939 e que enxerga essa desinibição no processo de ascensão do nazismo na Europa.

Ao falar em descivilização da França, porém, Macron fez referência a episódios recentes no país, em que uma enfermeira foi assassinada no hospital onde trabalhava, três policiais foram mortos por um motorista alcoolizado, e o prefeito de Saint-Brevis pediu demissão depois que sua casa foi incendiada por militantes de um partido local de extrema direita contrário à instalação de um centro de acolhimento de refugiados.

“São episódios brutais de violência, ainda que não seja a primeira vez que ocorra algo assim na França”, pontua o diretor de estudos da Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais, em Paris. “A violência nunca é aceitável, mas a sociedade francesa não é mais violenta do que há 40 ou 50 anos, salvo casos pontuais. O uso do termo descivilização não me parece correto neste caso. Elias o usou para falar de nazismo.”

Dados de criminalidade violenta na França apontam para uma estabilidade no número de homicídios e de outros tipos de agressão física nos últimos 20 anos, em contrapartida a um aumento das agressões não físicas, como injúrias. “É utópico imaginar que um dia teremos uma sociedade sem violência nenhuma. E, no meu livro, aponto que a única alternativa para o fim da violência cotidiana seria por meio de algum tipo de totalitarismo”, afirma o historiador. “Por outro lado, qualquer Estado, por meio do uso da violência, pode ser uma ameaça à democracia e a uma sociedade pacífica, portanto, a um contexto civilizado.”

Críticos da expressão usada por Macron associaram sua escolha às expressões controversas já utilizadas por seu ministro do Interior, Gérard Darmanin, tais como “selvagização da sociedade”, “islamo-esquerdismo” e “ecoterrorismo”, usadas para deslegitimar diferentes formas de contestação ao governo.

Para Bayart, cujo ensaio “Para Onde Vai a França”, publicado na revista Le Temps, embasou parte do debate em torno da retórica macronista, “o próprio governo francês está sofrendo de descivilização”. “Seu uso desproporcional de coerção física para reprimir manifestações, resultando em centenas de feridos e até mutilados, rendeu à França a condenação da ONU e da Corte Europeia de Direitos Humanos.”

No entanto, afirma ele, a frase de efeito do presidente foi usada “para manter as coisas vagas, mesmo que isso signifique envenenar o debate público”, porque, como há poucos leitores de Elias na França atual, o termo descivilização evocou “o pensamento do romancista de extrema direita Renaud Camus”, cujo livro traz o termo como título. Camus é também autor da teoria xenofóbica segundo a qual a França estaria à beira de uma “grande substituição dos chamados franceses ‘nativos’ por imigrantes muçulmanos”.

A dúvida sobre a origem almejada pelo presidente ao evocar esse processo descivilizatório da França pende para Camus quando analisado à luz da proposta de reforma da lei de imigração da França a ser apresentada pelo governo e que promete endurecer os parâmetros anti-imigração.

Para Bayart, ex-diretor do Centro de Estudos Internacionais da SciencePo, a retórica de Macron de “nem direita nem esquerda” destruiu tanto a esquerda quanto a direita e abriu caminho para a ultradireita no país. “Suas políticas, como a reforma da Previdência, estão alimentando o voto na extrema direita, e a ambiguidade de sua posição ideológica pessoal ajudou a tornar o Reunião Nacional mais respeitável.”

Segundo o cientista político, autor de “A Energia do Estado” (La Decouverte, 2000), o partido de ultradireita de Marine Le Pen é o que está em melhor posição para colher os frutos eleitorais da era Macron.

Le Pen se apressou em saudar a nova retórica presidencial sobre a descivilização da França. “Na realidade, Macron está mais uma vez provando que estávamos certos em nossa observação”, disse ela. “É uma pena”, completou, que Macron “esteja acordando num momento em que a situação já é muito ruim”.

06/06/2023 0

Papa Francisco volta a hospital para exames médicos dois meses após ser internado

Por admin

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Dois meses após ser internado com quadro de bronquite, o papa Francisco, 86, voltou ao hospital nesta terça-feira (6) em Roma, na Itália, para ser submetido a exames médicos. Questionados, o Vaticano e a unidade de saúde não comentaram o assunto.

O pontífice foi a um departamento especializado no tratamento de pacientes idosos, segundo as agências de notícias italianas ANSA e AGI. Ele chegou ao hospital às 10h40 no horário local (5h40 em Brasília).

Francisco, que celebrou dez anos de seu pontificado em março, tem sofrido com uma série de doenças nos últimos anos e costuma usar uma cadeira de rodas ou uma bengala em suas aparições públicas por causa de dores persistentes no joelho.

No mês passado, o papa precisou cancelar audiências após apresentar febre. Antes, em março, ele recebeu diagnóstico de bronquite e ficou cinco dias internado -o argentino está no geral mais exposto a doenças respiratórias por ter retirado parte de um dos pulmões quando tinha 20 e poucos anos.

Em entrevista à rede Telemundo, exibida há duas semanas, o líder disse que a doença respiratória foi “tratada a tempo”. “Se tivéssemos esperado mais algumas horas, teria sido mais grave”, afirmou.

Ao falar sobre as dores no joelho, Francisco disse estava “muito melhor”. “Já consigo caminhar, o joelho está melhorando. Alguns dias são mais dolorosos, mas isso faz parte do desenvolvimento”, acrescentou.

A hospitalização em março ressuscitou especulações sobre uma possível renúncia do argentino por razões de saúde após o precedente histórico estabelecido por seu antecessor, Bento 16 -papa emérito por quase uma década e morto no final do ano passado aos 95 anos.

Em dezembro, Francisco revelou à imprensa que assinou ainda no início de seu papado uma carta de renúncia na eventualidade de que seus problemas de saúde o impedissem de desempenhar suas funções. Ele reiterou em várias ocasiões que não descarta deixar o cargo caso seus problemas nesse âmbito se agravem -embora tenha declarado em viagem à República Democrática do Congo que renúncias do tipo não deveriam “virar moda”.

O papa ainda sofre de diverticulite, uma doença que pode infectar ou inflamar o cólon, de dor ciática crônica, e há dois anos foi operado para remover parte do intestino. Meses atrás, o pontífice disse que a condição havia retornado e estava gerando ganho de peso, mas que isso não era fonte de preocupação.

Apesar dos problemas de saúde, Francisco mantém uma agenda cheia. O Vaticano anunciou no sábado (3) planos para que ele visite a Mongólia de 31 de agosto a 4 de setembro. Antes disso, ele deve visitar Portugal de 2 a 6 de agosto para participar da Jornada Mundial da Juventude, em Lisboa, e visitar o Santuário de Fátima.

Leia Também: “Reconheci-o pelo sapato”: Mãe lembra filho que morreu após ataque de cão

06/06/2023 0

Noivo sai da igreja trocando mensagens e deixa a Internet revoltada

Por admin

Em vez de pétalas e arroz, o recém-casado está enfrentando duras críticas na internet, principalmente o noivo. O motivo é que o homem foi filmado enviando mensagens durante o percurso de saída da igreja, em vez de aproveitar o momento.

“Isso é loucura… desrespeitoso e condescendente. Totalmente desnecessário”, comenta um internauta no vídeo compartilhado no TikTok, que já foi visto por mais de 40 milhões de pessoas.

Enquanto isso, a noiva é vista sorrindo e agradecendo aos convidados presentes. Já do lado de fora da igreja, de acordo com o NY Post, ela parece confrontar o marido, que tenta minimizar a situação e pede para ela esquecer o assunto.

“Peça o divórcio imediatamente”, aconselha outra internauta, com muitos considerando que essa não é a atitude de um homem feliz por ter acabado de se casar com a mulher de sua vida.

Leia Também: “Reconheci-o pelo sapato”: Mãe lembra filho que morreu após ataque de cão

06/06/2023 0

"Reconheci-o pelo sapato": Mãe lembra filho que morreu após ataque de cão

Por admin

ChatGPT
 
Emma Whitfield perdeu seu filho Jack, de 10 anos, em novembro de 2021, vítima de um ataque de um cão. Desde então, mais dezesseis pessoas foram vítimas do mesmo tipo de ataques no Reino Unido, motivo pelo qual esta mãe apela aos deputados do país que aprovem a Lei Jack Lis.

“Quero garantir que mais ninguém seja posto na posição em que eu e minha família estivemos. Não posso mudar o que aconteceu, mas há quem possa mudar o futuro”, afirma a mulher, que se uniu ao The Mirror, à Coligação para o Controle de Cães e ao deputado trabalhista Wayne David para lutar pela Lei Jack Lis, que tem como objetivo acabar com os ataques de animais.

“Identificar Jack pelos seus sapatos foi devastador. Saber que ele não resistiu é inimaginável”, afirmou Emma em um discurso hoje protagonizado e citado pelo The Mirror.

Jack sofreu ferimentos fatais depois de ser arrastado por um cão da raça American Bully, chamado Beast, em Caerphilly, País de Gales, durante uma visita à casa de um amigo depois da escola.

A mãe lamenta que o animal só tenha se tornado perigoso aos olhos da lei depois de ter matado seu filho. Ela reconhece que, após o ataque, sua vontade era que todos os animais dessa raça fossem eliminados, mas percebeu que essa não seria a solução.

A Lei Jack Lis se baseia em três medidas: revisão da Lei dos Cães Perigosos com a aplicação de sanções mais severas; acabar com a criação e venda ilegal e irresponsável de cães; e promover uma campanha de informação pública para enfatizar a importância da posse responsável de cães e a necessidade de treinamento.

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